terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
CAYE CAULKER - BELIZE
MOEDA = Dólar Belizenho: US$ 1,00 = BZD$ 2,00
Antes de entrarmos num paraíso de água "azul turquesa" (Belize), precisamos registrar nossos 3º e 4º desentendimentos da Guatemala.
* No dia do aniversário da minha querida Tia Denise, saímos do sério. E isso até nos fez, de cabeça quente, esquecermos de dar os "parabéns" a ela. Imperdoável!
Às 5 horas da manha, um ônibus viria nos buscar no hotel. De repente, apareceu o motorista, a pé, nos chamando, pois nao podia entrar em nossa rua, que estava em reforma. Eu comentei, numa boa, que alí estávamos porque a agência nos orientou assim, e ele, sem pestanejar, grosseiramente respondeu: "Entao, se quiser, fique aí!"
Meu Deus! Que grosseria! Quisera eu nao ter dito absolutamente nada! Sem contar o fato de que eles nem nos olham nos olhos, muito menos abrem a boca pra dizer bom dia. Sorriso? O que é isso? Guatemaltecos nao conhecem as palavras "educaçao" nem "profissionalismo".
* Na fronteira entre Guatemala e Belize, precisávamos tirar um visto. Sabíamos disso, mas sabíamos também que o procedimento poderia ser feito ali mesmo, apenas pagando a taxa (bem salgadinha). Mas para nossa surpresa, descobrimos que era necessária, também, uma foto (que nao possuíamos). Aí começou a confusao.
A máfia manipula os turistas. Um ajuda o outro a nos prejudicar! Um cara que havia entrado em nosso ônibus para, supostamente, nos orientar, nos indicou um motorista de táxi dizendo que ele nos levaria ao centro da cidade para "sacar foto". E combinaram, na nossa frente, o valor de 20 dólares!
O super inflacionado valor era porque, conforme o drama deles, teriam que acordar o dono da loja em sua casa e pedir a ele para abrir seu comércio, a fim de tirar nossas fotos. Mas isso é pura conversa!
O quê? VINTE DÓLARES? Aproveitam da situaçao de fraquesa da gente para nos roubarem, literalmente! Negociamos um pouco e ele baixou pra 15, o que nao ajudou nada. Até que apareceu outro taxista oferecendo o serviço por 50 QUETZALES (equivalente a nao mais 7 dólares). FDP. Fomos, entao, com o primeiro motorista, pelos 7 dólares.
Mas, pra nossa indignaçao (e sorte, ao mesmo tempo), após andarmos de carro 200 metros, vimos uma loja de foto. Gritamos e paramos. Resolvemos o caso e arrancamos nossas malas do táxi dizendo que voltaríamos a cruzar a ponte a pé. Comprovadamente, eles nos trapacearam. E isso nos irritou "demasiado".
Nos negamos a pagar o montante total e dissemos que daríamos a ele uns 2 dólares, afinal, apenas cruzamos uma ponte de carro, o que nem precisava de táxi. Poderíamos, perfeitamente, ter feito isso a pé, mas eles criam dificuldade pra vender facilidade! Ele nao merecia nada, mas quisemos pagá-lo de foma justa. Acredite: o sem vergonha queria o valor total! Eles querem ganhar sem trabalhar e, ainda por cima, enganando os outros. Que raiva! Que vontade de dar no cara!
Nossa maior preocupaçao era que o ônibus nos aguardasse, afinal éramos os únicos a precisar do visto e, portanto, demoraríamos muito mais que todos os outros turistas. Mas o motorista nos disse, com todas as letras: "Fiquem tranquilos, estamos esperando vocês".
Mas nosso problema nao havia nem começado ... saímos da Guatemala e fizemos todos os procedimentos de entrada em Belize, já com as fotos na mao e a taxa paga. Mas tivemos que esperar a "dona senhora chefe do gabinete" chegar atrasada ao trabalho pra "carimbar" nosso passaporte. O que poderia ter levado 20 minutos, levou 1 hora!
Entramos, definitivamente, em Belize, depois de tanta dificuldade e muita grana e, quase caímos de costas quando descobrimos que nosso ônibus havia ido embora. "NO PUDEMOS CREER!"
Esperamos 3 horas até que um ônibus de outra empresa apareceu. Nos restou, entao, gastar mais 15 dólares (que foi pro bolso do motorista, é claro), pra continuarmos a 2ª parte da viagem (que já estava paga).
MAS VAMOS A BELIZE
Um país de que pouco se houvia falar mas que, atualmente, tem seu destaque garantido na famosa ROTA MAYA. Pequeno, ganhou sua independência da Inglaterra somente em 1981 e, como línguas oficiais, têm: espanhol, garífuna (indígena), inglês e criolo.
Essas duas últimas se misturam, formando um INGLÊS CRIOLO, que soa bem diferente do inglês que conhecemos e aprendemos. Soubemos até que americanos, por exemplo, nao os entendem.
E todos sao negros, tipo RASTA FARI. Grandes, digamos que eles "impoem respeito" ... hehehe. O som que se houve em todos os cantos sao do tipo Bob Marley. E seus cabelos volumosos estao, quase sempre, escondidos sob os gorrinhos verde, amarelo e preto (totalmente "jamaica
style").
Sem nenhum outro "high light" pra explorar, visitamos apenas Caye Caulker (obs.: "caye" significa "ilhota"). E o lema do lugar é GO SLOW. Seria uma boa tentar aplicar essa teoria em Sao Paulo, nao? Quem sabe a gente viveria menos doente, louco, estressado, neurótico, apressado, etc ...
E, de acordo com esse lema, o clima também é de Mahijuana no ar. Os caras passam pela gente e pronunciam a tal palavra, como se estivessem falando com uma árvore, de forma que quase nao se pode entender. É a forma que eles tem de oferecer a "Hierba Buena" aos turistas.
A infra estrutura da Ilha é melhor do que em Utila (Honduras), por exemplo. Bastante limpa, a cidade tem ruas de areia branca, bastante lojinhas e "parrillada de mariscos" (churrasco de frutos do mar) em toda a orla. Pare em qualquer barraquinha e coma Red Snaper, espetinho de camarao e até lagosta (se for a época). Por sorte, chegamos um dia antes de terminar a temporada legal de caça. No domingo, 14 de fevereiro, Valentines Day, lá fomos nós comer a nossa "LANGOSTA".
EXPENSIVE. Essa é a palavra para BELIZE. Para Brasileiros custa, só para entrar no país e sair dele, 70 dólares por pessoa (apenas com taxas). Hospedagem é cara. Comida é cara. Internet por 8 dólares a hora! Telefone caríssimo! O hotel mais luxouso de lá nao chega aos pés de qualquer pousada no litoral norte de SP. Mas estava a venda pela bagatela de dois milhoes e meio de dólares!. É isso mesmo. Inflacionado, nao? Também, lotado de americano! Ficamos 5 dias e olhe lá! Mas deu pra descansar.
A água do mar é verde esmeralda. Belize tem o 2º maior arrecife do mundo para mergulhar. E lá fomos nós, num tour de barco, fazer snorkel. Foram 3 paradas próximas à costa (há nao mais de 1 km da praia), em spots bem rasos.
Mas o primeiro, pra nós, foi o mais impressionante. "Sting Ray" sao Araias enormes, que passeavam num bando de umas 30, mais ou menos. Pudemos nadar com elas e até passar a mao. Morri de medo mas encarei. Elas nao agridem, mas se defendem, atacando, somente se a gente pisar nelas. Portanto, a idéia é BOIAR e nao ficar de pé. Mesmo assim, com orientaçao do guia, nos levantamos e, entao, elas "roçam" nas nossas pernas, assim como os gatos costumam fazer. Elas sao macias e lisas como se tivessem uma camada de lodo sobre na pele. Ai, que afliçao!
Depois fomos ao "Coral Garden" (jardim de coral), onde nadamos sobre corais coloridos e vimos um montao de peixes. Tive o privilégio de ver, também, bem embaixo de mim, uma moréia enorme, inteira pra fora da toca, subindo bem na minha direcao. Huhu! Fugi, é claro. Elas sao perigosas mas nao atacam a toa. Verdes, vivem enfiadas no meio das pedras, geralmente só com a cabeça pra fora.
E por fim, paramos numa barreira de corais onde vimos o "nurse shark", uma espécie inofensiva de tubarao. Demos sorte pois só eu e o Léo vimos quando ele, literalmente, fugiu de nós! Encontramos também um Parrot Fish (Peixe Papagaio). É chamado assim porque é bastante colorido. E esse era dos grandes! Lindo! Passou por nós na maior calminha, GOING SLOWLY ... hehehe.
Um dos pontos mais famosos do mundo pra mergulho é o BLUE HOLE (buraco azul). E o acesso mais indicado é por Belize. Mas esse mergulho custa em torno de 200 dólares e o Léo nao estava no pique de mergulhar. Nao só por causa da grana, mas porque faltou vontade.
Também ouvimos comentários de que nao é um mergulho "tranquilo" pois pode assustar um pouco e, primordial, é ter um bom parceiro, de preferência, com experiência. Além disso, mergulho ainda é uma atividade nova pra ele. Fora o fato de que, ao chegarmos na Ilha, percebemos que nao há tanto profissionalismo dos Dive Centers como havia em Utila. Portanto, ele desistiu.
O Blue Hole que nos espere para outra oportunidade, quem sabe.
Outro fato interessante sobre Caye Caulker é que, devido a um furacao, a ilha foi dividida no meio. Ficou entao, a parte onde aconteceu o acidente, conhecida como "The Split", que deu nome, inclusive, à prainha que ali se formou.
Havia um pier de concreto no local que foi parcialmente destruído e, hoje, virou "deck" pra turista tomar sol. Obviamente que disfrutamos disso, lagartixando ali e nos deliciando no mar transparentíssimo e até com uma cervejinha nacional.
E por falar em nos deliciarmos, alguém aí há descascou um abacaxi com canivete? Assim tem sido em toda nossa viagem. Alguns utensílios que trouxemos e outros que tivemos que adquirir sao realmente UTILÍSSIMOS! Nao podemos viajar sem lanterna, capa de chuva, entre outras "cositas más" ...
Conhecemos a CRIS, alema que vive em Vancouver (Canadá). Passamos um dia todo com ela a também jantamos juntos, no Restaurante Habanero (excelente e o mais caro da viagem) ocasiao em que conversamos por umas 4 horas e soubemos histórias interessantímas de alguém muito experiente e viajada! Demais!
Na volta de Caye Caulker pra Belize City também reencontramos o casal Cris (músico) e Collaine, de Portland, Oregon, USA. Ela estava grávida de 6 meses, esperando pelo ainda chamado PEPE, um menino assim apelidado pela inspiraçao que tiveram, viajando pela américa central, mas que deverá receber outro nome quando nascer ... hehehe.
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Um comentário:
Oi, adorei seu blog! Estou indo agora de mochilão para o México, Belize e Guatemala. Tb tenho um log de viagens, dá uma olhadinha, se puder. Bjs , Adriana.
http://ofantasticomundodedri.blogspot.com.br/
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