HONDURAS - BAY ISLANDS (Utila)

MOEDA = LEMPIRA: US$ 1,00 = PLS$ 18,00

Essa viagem ate que nao foi tao complicada. Sofremos demais na ultima travessia entao decidimos pegar um onibus decente, de San Salvador, para Honduras. Foram 7 horas ate San Pedro Sula, uma cidade grande, onde compramos outro ticket pra La Ceiba.

Interessante que temos visto, desde o inicio, muitos onibus brasileiros. Na America do Sul viajamos algumas vezes nos da MARCOPOLO (que eram novos).
Agora, na America Central, vimos o ITAPEMIRIM. Eles nem sequer tiram os adesivos escritos em Portugues! O Leo fotografou a velharia, que agora passou a ser da marca MIRNA ... hehehe.

No porto de La Ceiba tomamos um ferry que balanca bastante. Chegamos enjoados em Utila, uma das Ilhas de BAY ISLANDS, um arquipelago ao norte de Honduras.

Aqui so se fala ingles! Pensamos que fosse por causa do turismo mas depois descobrimos que a ilha pertenceu a Inglaterra e, somente em 1859, passou a pertencer a Honduras. E apenas por volta de 1980 e que o governo decidiu que todas as escolas do pais deveriam ensinar espanhol. Entao agora e obrigatorio, mas mesmo assim eles preferem se comunicar atraves de um esquisitisimo ingles caribenho!

O lugar e o paraiso do mergulho. Isso porque, alem de ter aguas cristalinas com boa visibilidade para a rica vida marinha, os cursos sao os mais baratos do mundo.

Enquanto um cursinho mais basico no Brasil sairia por nao menos de uns R$ 1.500,00, aqui se faz um mais completo por US$ 250,00, em media.

O Leo esperava por essa oportunidade ha muito tempo. Eu supostamente tambem faria o curso, mas desisti na ultima hora. Alem de um pouquinho de medo, vi que tem que estudar um monte de coisas e o curso seria em ingles, o que nao e tao facil!

Tambem tive uma experiencia anterior em Fernando de Noronha que foi gostosa mas, naquela ocasiao, tive um certo panico que, certamente, me traumatizou um pouco. Sei que e bobagem pois basta seguir tudo direitinho, alem de estar sempre acompanhado por profissionais, mas "amarelei".

E la foi ele. Como eu tinha tempo de sobra, fiquei atras registrando tudo, igual a uma PAPARAZZI, como disse sua instrutora Anna.

Sua parceira era a Nina, uma menina da Noruega. A menina ¨trepadeira¨ (ou ¨samambaia¨). Entenda o porque observando uma das fotos ... hehehe.

O curso de iniciacao e o OPEN WATER. Mas ele gostou tanto que aderiu tambem ao ADVANCED. A diferenca basica e que, no primeiro, o limite de profundidade e 18m e, no segundo, 30m! Alem disso, com o aperfeicoamento, pode-se mergulhar a noite e em naufragios. Alem de tecnicas mais complicadinhas ...

Na ilha tem ate cinema, que aproveitamos, e claro! Um so filme por dia, sempre as 19h30min. Sala e tela pequenas, com um cheirinho de mofo, mas nos divertimos. Hehehe.

A rua principal nao tem calcada. Pedestres andam junto com os carros, que estao quase resumidos a motos, quadriciclos e carrinhos de golf!

Nos hospedamos num hotelzinho bacana, com deck sobre o mar. Uma delicia pra tomar um solzinho e se refrescar na agua transparente, cheia de peixinhos!

EL SALVADOR

Um pais que tem como moeda corrente o Dolar, El Salvador, de certa forma, nos traumatizou.

Na primeira foto, veja a sujeira as margens do rio, abaixo da ponte que cruza a fronteira.

Alem disso, e um dos menos turisticos da America. E nos comecamos mal:

Conhecemos uma amiga Salvadorenha, quando estavamos na Costa Rica, a Sonia. Ela foi muito legal nos dando varias dicas de viagem, explicando um montao de fatos sobre seu pais e nos convidando, inclusive, para visitar sua cidade e ficarmos em sua casa!

Nao tinhamos San Salvador nos planos iniciais mas ela nos convenceu e la fomos nos. De qualquer forma, precisariamos passar pela cidade para ir ao litoral depois.

Fomos orientados a fazer um trajeto a partir de Leon que, conforme suas experiencias, duraria em torno de 6 a 7 horas.

Mas levamos 14 horas! PQP!
Paramos alguns poucos minutos para ir ao banheiro e para comprar agua! Nao bobeamos em nada. Mas sofremos muito viajando, simplesmente, o dobro do tempo que ela disse!

Pra agravar um pouco a situacao, eu estava gripada, com a maior dor de garganta. Num calor insuportavel, tudo o mais se torna tambem insuportavel. Certamente esse foi o pior dia da viagem.

A odisseia comecou a 5:45 da manha quando acordamos. Saimos do Hostel as 7h e andamos com as malas ate a praca de Leon onde pegamos a "camioneta" (pau de arara). PQP! A primeira vez foi legal, valeu como nova experiencia. Mas depois perdeu a graca!

Na rodoviaria pegamos o 1º "chicken bus" ate Chinandega. De la, o 2º "chicken bus" ate a fronteira com Honduras, Guasaule. PQP!

Atravessamos a fronteira a pe e pegamos o 3º "chicken bus" ate Choluteca.

Nesse momento, telefonamos pra Sonia pois ela, supostamente, nos esperaria em San Miguel, as 14hs. Estavamos atrasados. Ela desistiu de nos esperar e nos mandou ir direto pra San Salvador. PQP!

Pegamos, entao, o 4º "chicken bus" ate El Amantillo, fronteira com El Salvador.

Atravessamos a pe, apos recusarmos a carona de bicicleta, quando o Leo se irritou com os 15 caras que vieram oferecer o servico! Eles sao muito chatos! Fazem uma rodinha em volta da gente e comecam a gritar! Nao da tempo de pensar e nem de falar entre a gente! Que horror! PQP!

Pra nossa surpresa, soubemos, as 16h30, que o ultimo onibus para a capital passara as 15h30! Fu......................

Uma policial muito atenciosa nos ajudou, parando um onibus de 1ª classe - King Quality - e pedindo que nos levassem. Pagamos caro pelo trecho, mas essa era a unica saida segura. Ja estavamos super cansados e nervosos e ainda piorei com o ar condicionado! PQP!

Chegamos a San Salvador as 21h30! Ainda bem que o onibus para num hotel da propria empresa, onde pudemos esperar pela nossa amiga que veio nos buscar, junto com sua irma Diana.

Dissemos que precisavamos comer e que gostariamos de parar em qualquer lugar mas ela determinou que, entao, iriamos ao supermercado e depois jantariamos na casa dela.

Embora estivessemos extremamente exaustos e aborrecidos, nossa tamanha educacao nos fez pagar toda a conta. Obs.: se tivessemos comido fora e ficado num hotel teriamos gasto menos. Mas tudo bem, faz parte.

Finalmente chegamos ao nosso destino somente as 22h30! PQP!

Surpresos com a casa que nao tinha porta no banheiro nem pia alguma, comemos o sanduiche que ela preparou sem lavar as maos, nem o tomate, nem a alface. Que Deus nos ajude!

Dormimos no quarto dela, gentilmente cedido para nos. Frio a noite, forno de dia. Um barulho ensurdecedor e uma bagunca indescritivel. So foi possivel pois usamos nossos sleeping bags! Abencoados sacos de dormir, que nos salvam em situacoes assim complicadas.

Tudo era de uma desorganizacao e sujeira inexplicaveis. PQP! O Leo ficou ate sem banho, devido a falta de saneamento basico. Da pra imaginar a situacao entao, nao? Veja a segunda e a terceira foto.

No dia seguinte, acordamos e fugimos educadamente. Nao conseguiamos nem raciocinar, de tao inabitavel que era o lugar! Registramos com fotos secretas. Que experiencia intensa! Escrevemos um bilhete e jogamos a chave pela janela.

Chamamos um taxi e fomos direto para o Hotel Puerto Bus, onde pudemos tomar banho quente, espalhar nossas coisas, assistir TV a cabo, comer e descansar em lencois limpos; afinal tinhamos que nos recuperar do mal estar. Ufa!

De la so saiamos pra ir o shopping! Fomos ate ao cinema! Nao conhecemos nada da cidade pois estavamos com medo de circular. So ouvimos falar mal e nao tivemos nenhuma boa impressao, desde o inicio.

Depois que melhorei um pouco da gripe, seguimos pro litoral. A cidade principal e LA LIBERTAD mas nao se recomenda ficar pois dizem ser perigosa, tambem! Alguns poucos kilometros depois existem varias prainhas e nos escolhemos ficar em EL TUNCO. O lugar e bom pra surf mas tambem nao e uma praia legal de curtir. Areia preta! Fundo de pedra.

Passamos uma noite num hostel meia boca e tambem trocamos de hospedagem. Tivemos sorte pois, nesse segundo hotel, pagamos barato e pudemos aproveitar a infra que tinha como, por exemplo, uma bela piscina.

Nesses dias nos contentamos apenas em comer deliciosos peixinhos e apreciar por do sol em lindos finais de tarde.