quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

TIKAL - GUATEMALA





















De volta à América Central.
Pensaram que havia terminado, hein?
Que nada. Cá estamos nós, de novo.
Assim fizemos pois a rota mais lógica geograficamente, nos mandou pro México, pra depois voltarmos à Guatemala.

Até parece que somos imigrantes ilegais atravessando um rio pra entrar num país. Mas assim é a fronteira. Pensamos também que nao haveriam mais barquinhos em nossa viagem, mas sempre tem mais um! Que horror!

Viajamos o dia todo, de Palenque (México) pra Flores (Guatemala). Essa foi nossa base pra conhecermos as famosas ruínas de TIKAL.

Pertencentes também à Civilizaçao Maya, essas ruínas estao localizadas no meio da selva. O passeio foi impressionante. Começamos às 6 da manha, debaixo de um temporal. Ainda bem que levamos nossas capas de chuva, embora, logo em seguida, o sol tenha aparecido!

O Guia César viveu em NY, entao fala um inglês perfeito, como um nativo americano, o que, pra mim, é mais difícil de compreender. Isso porque, nesses casos, desembestam a falar rapidamente e usam muita gíria.

Mas mesmo assim, gostamos bastante de acompanhá-lo e descobrir as "ruínas escondidas". Resolvi chamar assim pois elas nao estao "expostas" como as de Palenque, por exemplo.

No meio da floresta, alguns templos foram encontrados mas nao totalmente escavados. Outros estao sob as montanhas, como se pode perceber numa das fotos em que o formato do morro é bem semelhante ao de uma pirâmide.

O templo IV, mais alto de todos, ultrapassa os 60 metros de altura. Lá pudemos subir e admirar, de cima, outros templos despontando de dentro das árvores, como se fossem "icebergs" no meio do oceano. Lindo!

É preciso muito dinheiro para trabalhos de pesquisa, escavaçoes e manutençao. Esse tipo de turismo entao, é muito mais dependente de iniciativas privadas do que do governo. Imagina a dificuldade de arrecadaçao de verba e de decisao de investimento em arqueologia, quando metade da populacao é analfabeta e passa fome!

E por falarmos em floresta, obviamente que vimos também uma infinidade de vida animal:

Pássaros diversos, mas nao o Quetzal, símbolo do país (isso porque tem seu habitat natural há mais de 2.000 m de altitude).

Um bando enorme de QUATIS (chamado de PIZOTE), que cruzaram nosso caminho sem se incomodarem conosco.

E os HOWLER MONKEYS (macacos roncadores), que merecem destaque. Isso porque é um macaco muito pequeno se comparado ao barulho que faz. Só para dar uma idéia, se você estiver na selva e o ouvir sem o conhecer, pensará que é uma grande fera, maior e mais forte que um leao! É isso mesmo. Seu ruído é assustador!

Nesse dia também houve um fato que podemos registrar como nosso 2º desentendimento na Guatemala. E o pior é que o problema nao era nosso, mas passou a ser!

Uma jovem alema, que mal falava espanhol, tentou voltar das Ruínas de Tikal para a Cidade de Flores, porém nao tinha seu recibo de 2º pagamento do transporte (ela perdeu o primeiro papel e pagou novamente, pela manha, no caminho de ida ao tour). E nós fomos testemunhas de que ela havia pago e nao pegou nenhum recibo.

Interferimos para dizer ao motorista do mini bus que a moca estava conosco de manha mas ele nao quis saber. Disse que se ela nao tinha um boleto, ele nao a levaria, e ponto final. Pedimos entao que a levasse e, ao chegar na agência, poderiam confirmar (ou nao) seu pagamento. Ele se negou novamente.

Arrumamos uma terceira alternativa que seria uma ligaçao dele para a empresa com o objetivo de confirmar o pagamento da moça. Pra quê? Ele foi super agressivo e respondeu perguntando: "E quem vai pagar a ligaçao?". Ficamos indignados e começamos a discutir, argumentando que ele trabalha pra empresa da qual somos clientes e que, por isso, tinha obrigaçao de fazer alguma coisa.

Mas só o que ele queria fazer era dificultar a vida de todos e nao ajudar ninguém! Que burrice. Que falta de profissionalismo. Num momento de irritaçao total nossa, por presenciarmos tamanha maldade, ele se "enojou", jogou o nosso boleto na cara do Léo, fechou a porta da Van e disse: "No voi a llevar a ustedes tampoco".

Aí meu sangue subiu. Quase demos no cara. Virei bicho! Até que um outro motorista interferiu alertando-o da seguinte forma: "Ela vai te processar entao é melhor levá-los a todos!

E assim fomos nós. A menina nos agradeceu, é claro. Mas imediatamente relaxou e voltou batendo papo e dando risada. Eu e o Léo voltamos discutindo o assunto, inconformados com o acontecido. Além de tudo, ganhei uma baita enxaqueca. Que coisa!

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