sábado, 27 de dezembro de 2008

ARQUIPELAGO DE SAN BLAS - ISLA CORBISKY


















Houvimos falar sobre um lugar paradisíaco, no Panamá: arquipélago de San Blas. Decidimos ir conhecer, mas essa tentativa foi uma odisséia!

Comecamos a perguntar na Cidade do Panamá sobre "como ir a San Blas", inclusive para minha amiga que vive lá. Todos sabem o que é e onde fica, mas ninguém tem informacao para dar.

Quase desistimos. É tudo muito particular. Sao algumas poucas pessoas que conhecem os Kuna Yala (povo da tribo indígena) e que podem te levar até lá!

Você tem que ligar para um cara de um hotelzinho (Clayton), que indica um motorista (Manuel) que dirige um 4x4 numa estrada de terra absurdamente inóspita e que te deixa no barquinho do Elias, que tem um "hostel" numa das ilhas.

Constatamos que para chegar ao paraíso é preciso passar pelo inferno.

Saímos do nosso hotel na Cidade do Panamá às 5 horas da manha. Pegamos uma estrada normal, em que tivemos que nos apresentar à Polícia, que controla a entrada na Comarca de Kuna Yala. Daí pra frente foi muita aventura. Trecho "off road". O carro tem que ser o mais potente e o motorista tem que ser o bom!

Chegamos, depois de chacoalhar muito, ao desembarque na floresta. Andamos durante 10 minutinhos por uma trilha que parecia nao ter fim, até a beira do rio. Lá, às 7h30 da manha, nos pusemos a esperar a canoa que nos levaria até o mar.

Depois de 2 horas sendo comidos por mosquitos, chegou nosso super barco! Tive que escolher entre meter os pés de bota na água ou saltar pra dentro da canoa. Optei pela 2ª alternativa e dei mau jeito nas costas. Isso é coisa pra homem! Aí perdi o bom humor.

Navegamos pelo rio no meio da floresta por 40 minutos até chegar no mar. Na primeira ilhazinha, tivemos que descer para trocar de canoa (pois eles tem suas leis, que nao permitem qualquer um navegar em qualquer lugar). Mas antes entramos numa cabana da tribo, onde o tal Elias queria nos oferecer o café da manha.

Pegamos uma xícara pendurada na parede e, depois de tirar as formigas de dentro, tomamos um suco de laranja de garrafa (industrializado). Aí o cara trouxe um pao com um ovo frito dentro (que o Léo rejeitou com o olhar ... sabe aquele olhar?).

Por incrível que pareca eu nao me espantei com tudo aquilo mas o Léo comecou a ficar nervoso! Interessante!

De lá seguimos viagem, em outra canoa, por mais 40 minutos, até a Ilha Corbisky, onde definitivamente iríamos ficar.

Até entao, estávamos seguros por termos falado com o dono do hostel, por celular, achando que ele tinha realmente o que dizia ter: "habitación doble, com banho compartido y ducha fria".

Mas a "habitacion" era uma cabana, o "banho compartido" era um barraco em cima do mar e a "ducha" era um pote de plástico para pegar água da chuva do tacho. Hehehe.

Beleza. Depois de tanto sacrifício, medo e cansaco, nao poderíamos simplesmente voltar atrás. Já era quase meio dia! Almocamos uma LAGOSTA maravilhosa (o que aliviou um pouco a situacao) e descansamos.

Muita gente como a gente se propoe a encarar uma experiência dessas para ver de perto como é a vida fora da civilizacao. E assim pudemos fazer um só dia.

Ficamos 1 noite nessa Ilha Corbisky, uma das 400 do arquipélago e uma das 40 habitadas. Lá vivia uma comunidade de 250 pessoas e havia o Hostel Corbisky com capacidade para umas 12 pessoas ... mas só tinha a gente.

Além de estar um pouco chato por nao ter mais ninguém, lá nao tinha praia! E nao era isso que a gente queria! Nao tínhamos pra onde ir, onde ficar ou o que fazer! As pessoas da tribo falam KUNA! As mulheres sao super fechadas. As criancas mal falam espanhol.

Infelizmente nao pude encarar o banheiro. Um dia sem fazer cocô dá pra aguentar. Mais que isso nao! Lavávamos as maos e escovávamos os dentes na janela, com água mineral.

Quando saímos pra passear conhecemos outra ilha que é a principal de todas. Lá descobrimos um hotel bem básico mas que tinha, pelo menos, um cano de água na parede e vaso sanitário.

Pra fazer xixi de madrugada, tínhamos que atravessar um trecho de areia e um pier com lanterna e encarar, na cabaninha, barata e lagartixa. Cancelamos, entao, nossa estadia na comunidade e nos mudamos para a Ilha El Porvenir.

Um comentário:

Anônimo disse...

hello..i would like more info on this island...my wife and I are going next april...please email me perusboy@gmail.com...thanks!